terça-feira, 30 de novembro de 2010

Atividade extra classe

Muitas pessoas sofrem de pleonasmo, algo normal para conversas infomais, mas quando a conversa for padrão, devemos evitar que isso ocorra.

Exemplos:

"E rir meu riso"
(Vinícius de Moraes)

"Magoar-te a ti"
(Gimão Macarrão)

"Vi claramente visto o lume vivo"
(Camões)

"O caixa deve anexar junto e mandar"
(Chico Bento)


Gleydson Botelho e Andre Roberto

materia de portugues

Particulamente achei esse assunto muito simples, bem facinho de aprender e com isso puder aprender coisas novas que não conhecia ainda.

materia de portugues

Bom ..Professora eu não me lembro
de ter visto nenhum video , mas me lembro do assunto
e particulamente acho muito engraçadoo e devemos tomar muito cuidado com o q falamos no nosso dia-a-dia.



Rosanee Medeiros , Gabriela Rios e Laine Santos .. ;)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

atividade extra classe

Queridos. Na verdade já fizemos atividades demais assim, apenas leiam e compreendam o texto, para reforçaer pesquisem em outras páginas outros exemplos. Para aqueles que ficarem em recuperação é um dos assuntos, para os outros, um lembrete. Bjs e boas festas. Que o Natal traga a presença de Jesus para mais perto e o Ano Novo seja cheio de realizações. AHHH! Férias hem?!
O Pleonasmo Vicioso:

Trata-se da repetição inútil e desnescessária de algum termo na frase. Esse não é uma figura de linguagem, e sim um vício de linguagem.

Exemplos:


* Subir para cima - Se está subindo, logo, é para cima.
* Descer para baixo - Se está descendo, logo, é para baixo.
* Entrar para dentro - Se está entrando, logo, é para dentro.
* Sair para fora - Se esta saindo, logo, é para fora.
* Hemorragia de sangue - A hemorragia já trata de derramamento de sangue para fora dos vasos.
Lembram do vídeo?
é isso ai

domingo, 26 de setembro de 2010

A estrutura das palavras

De acordo, ainda, com as lições de Câmara Jr. (1989), de quem vale lembrar a condição de pioneiro da Lingüística Moderna do Brasil e fonte permanente para os lingüistas contemporâneos, os morfemas podem ser classificados do ponto de vista do significado ou do significante; a lembrar claramente para nós a condição de signo lingüístico inerente a todos os morfemas.

Koch e Silva (2002) sintetizam essa classificação, considerando a existência de quatro tipos de morfemas gramaticais paralelamente a dos lexicais: classificatórios, flexionais, derivacionais e relacionais.
1 Morfemas Classificatórios
As vogais temáticas, cuja função é a de enquadrar os vocábulos em classes de nomes (substantivo, adjetivo) e de advérbios.
• Vogais temáticas Nominais – a, e, o

Ex: bol – a, red – e, bol – o

• Vogais temáticas verbais – a, e,
i
Ex: compr – a – r, beb – e – r, part – i –r

Obs: radical + vogal temática = tema

• Tema nominal – de baixa produtividade em Português, é produtivo e relevante em outras línguas fortemente desinências (latim, alemão...)

• Tema verbal – de alta produtividade em Português (ama + s, ama + o, ama + mos, ama + is, ama + m)

2 Morfemas Flexionais
Flexionam ou alteram os morfemas lexicais, adaptando-os à expressão das categorias gramaticais admitida pela classe daquele. Conhecidos pelo nome de desinências.
• Desinência Nominais:
Gênero: Ø / a.

Lobo / lob – a

Número: Ø / s, es3

• Nos radicais de final em /l/ há perda dessa consoante com a ditongação como conseqüência morfofonêmica.

Ex: mar / mare + s - mares

Sal / as + i + s – sais

Para outros autores, trata-se de uma variante posicional de desinência, uma alomorfia condicionada. Para outros, ainda, trata-se de uma segunda desinência, indicadora do plural, ou seja, um alomorfe.
• Desinências Verbais:
• Numero – Pessoais

P1 – Ø, * o, * i (semivocálico)
P2 – s, * Ø, *ste
P3 – Ø, * u (semivocálico)
P4 – mos
P5 – is, * stes, *des, *i (semivocálico)
P6 – m, * o (semivocálico)
*conforme Koch e Silva (2000), são alomorfes.

• Modo – Temporais

Id Pr – Ø
Id Pr1 – va, * va (CI), ia, *e (CII e CIII)
Id Pr2 – ra (depreensível apenas em P6)
Id Pr3 – ra, * re (átonos)
Id Ft1 – ra, * re (tônicos)
Id Ft2 – ria, * rie
Sb Pr – e (CI), a (CII e CIII)
Sb Pr – sse
Sb Fut – r
If1 – r
Gr – ndo
Pa – do
* - alomorfes

2.1 Tipos de Morfemas Flexionais

a) Aditivos – os mais produtivos, resultam do acréscimo de um ou mais fonemas ao morfema lexical. Muitas vezes são cumulativos (modo – temporal...)

Ex: Canta + ria + s, boa + s


b) Subtrativos – resultam da supressão de um segmento fônico do morfema lexical.

Ex: irmão – irmã


c) Alternativos – resultam da alternância ou permuta de um fonema no interior do vocábulo. São de natureza redundante na maioria dos casos.
Ex:
avô – avó /ô/ x /ó/
formoso – formosa /ô/ x /ó/ - redundante
posto – postos /ô/ x /ó/ - redundante

d) Zero – resulta da ausência de marca para expressar determinada categoria gramatical, como é o caso do singular dos nomes. Só ocorre quando há oposição, no mesmo morfema lexical, com a presença do morfema.

Ex:
loja – lojas Ø x s
fala – falava Ø x va
falas – fala s x Ø

e) Latente – também tido como alomorfe Ø, caracteriza-se por não trazer em si mesmo o contraste entre as categorias gramaticais. Latente porque o significado revela-se no contexto.

Ex:
o lápis – os lápis
o artista – a artista

3 Derivacionais

Conhecidos por afixos (prefixos e sufixos), criam novas palavras na língua a partir do morfema lexical.

De bol – a, tem-se bol – ada, bol – eiro, bol – inha...

Não obedecem, como os flexionais, a uma sistematização obrigatória.

cantar/cantarolar

falar/*falarolar

gritar/ *gritarolar

*apenas virtual.
Presença de idiossincrasias ao lado de regularidades: nem todos os verbos português apresentam nomes deles derivados e quando há derivação, os processos são variados.
consolar / consolo
julgar / julgamento
⇒ Nem todo o substantivo português tem um diminutivo correspondente e os que existem podem ser utilizados, numa determinada frase, de acordo com a vontade do falante.

O resultado da derivação é um novo vocábulo, ao contrário da flexão que gera formas de mesmo vocábulo.

4 Relacionais ou de Posição

Expressão da concatenação dos morfemas lexicais entre si. Remete à noção de ordem no enunciado, situando-se no campo da sintaxe. São também as palavras gramaticais: preposições, conjunções.

Ex:
Sujeito + verbo + objeto
Pedro ouve Paulo
Paulo ouve Pedro
A posição 1 define, na ordem direta, o sujeito e a posição 2, o objeto.

Pouco estudada, a posição expõe, entretanto, questões relevantes na língua, alem de ampliar, enriquecimento, as possibilidades da enunciação, como no exemplo de Machado de Assis, em Brás Cubas.
“[...] eu não sou propriamente um autor defunto mas um defunto autor”. (ASSIS, 1977, p. 13).

Casa de madeira.

Pobre mas feliz.

Não veio porque não quis.

Afora esses tipos dos morfemas, existe, ainda, um tipo de morfema de produtividade baixa em português, aplicável na formação de palavras, constituindo mesmo um processo de formação: o morfema reduplicativo.

Ex:

O “nhenhenhém” do presidente Fernando Henrique.

Do que se viu, podemos expor, agora, o padrão geral da estrutura mórfica dos nomes e verbos em português.

Nomes:
• Base

• Base + Afixo.

• Base + Base.

• Base, tradicionalmente chamada de radical, ao qual se agrega ou não uma vogal temática (tema ou palavra atemática).

Obs: palavra atemática, constituída apenas pelo radical. Em Português, as palavras terminadas em consoante e vogais tônicas.

Ex: mar, café...
Verbo:

• Radical + Vogal Temática + Desinência Modo Temporal + Desinência Número – Pessoal
R + VT + DMT +

3.3 ANÁLISE MÓRFICA
A análise mórfica consiste na descrição da estrutura do vocábulo mórfico, depreendendo suas formas mínimas ou morfemas, de acordo com uma significação e uma função elementares que lhes são atribuídas dentro da significação e da função do vocábulo’. (KOCH; SILVA, 2002, p. 20).

3.3.1Depreensão dos elementos mórficos
a) Principio Básico: Comutação – operação contrastiva por meio de permuta de elementos para a qual são necessárias:

• segmentação de vocábulo em subconjuntos;

• pertinência paradigmática entre os subconjuntos que vão ser permutados.

Princípios Auxiliares:
•Alomorfia
- livre, não condicionada fonologicamente;

- fonologicamente condicionada (mudança morfofonêmica).


b) Mudança Morfofonêmica: aglutinação de fonemas, nas partes finais e iniciais de constituintes em seqüências, acarretando mudanças fonéticas.

Como altera o plano mórfico, a mudança é morfofonêmica.

[in + grato] = ingrato

[in + moral] = imoral

[feliz + idade] = felicidade

c) Neutralização: “[...] perda da oposição entre unidades significativas diferentes”.

1ºpessoa (cantava) x 3º pessoa (cantava)

2º conjugação (e) x 3ª conjugação (i)

vendes, vende; partes, parte

sexta-feira, 18 de junho de 2010

atividade: music Queixa (Caetano Veloso) comentando

A musica Queixa
é a historia de um amor
que surgiu sem a amada saber
e que a mesma nao o correspondeu
esse amor nao correspondido fez grandes estragos.
O cara que conta a historia
nao suporta essa perda e se queixa.

Abraços querida profª Marta
Bom descanço!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

postado por Yago Lopes

Exemplo de lírica galego-portuguesa (de Bernal de Bonaval):

"A dona que eu am'e tenho por Senhor
amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte."

Caracteristicas deste Trovador:

-Eu lírico masculino
-Assunto Principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante uma mulher idealizada e distante.
-Amor cortês; vassalagem amorosa.
-Amor impossível.
-Ambientação aristocrática das cortes.
-Forte influência provençal.
-Vassalagem amorosa "o eu lírico usa o pronome de tratamento "senhora"".
Quero à moda provençal
fazer agora um cantar de amor,
e querei muito aí louvar minha senhora
a quem honra nem formosura não faltam
nm bondade; e mais vos direi sobre e la:
Deus a fez tão cheia de qualidades
que e la mais que todas do mundo.
Pois Deus quis fazer minha senhora de tal modo
quando a fez, que a fez conhecedora de
todo bem e de muito grande valor,
e alem de tudo isso é muito sociavel
quando deve; também deu-lhe bom senso,
e desde então lhe fez pouco bem
impedindo que nenhuma outra fosse igual a ela
Porque minha senhora nunca Deus pôs mal,
mas pôs nela honra e beleza e mérito
e capacidade de falar bem, e de rir melhor
que outra mulher também é muito leal
e por isto não sei hoje quem
possa cabalmente falar no seu próprio bem
pois não há outro bem, além do seu.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Professora Marta Élen esse Texto Maluco aee.. fala:
Indiretas “Ai dona feia! foste-vos queixar”

E tbm so falta matar a mulher...de xingamento..."feia, veia e louca"
Vlw...

Cantiga de Amor

Ai, dona feia, foste-vos queixar
que nunca vos louvo em meu cantar;
mas agora quero fazer um cantar
em que vos louvares de qualquer modo;
e vede como quero vos louvar
dona feia, velha e maluca!
Dona feia, que Deus me perdoe,
pois tendes tão grande desejo
de que eu vos louve, por este motivo
quero vos louvar já de qualquer modo;
e vede qual será a louvação:
dona feia, velha e maluca!
Dona feia, eu nunca vos louvei
em meu trovar, embora tenha trovado muito;
mas agora já farei um bom cantar;
em que vos louvarei de qualquer modo;
e vos direi como vos louvarei:
dona feia, velha e maluca!

Cantiga de Amor

Querida Martha Élen , analisei á letra desta musica .
percebi , algumas caracteristicas do trovadorismo , tipo :
Crítica direta : a pessoa satirizada é identificada .
Linguagem agressiva, direta !
Pouca subjetividade

Juliana Gomes - I semestre A
CANTIGAS DE AMOR

“Senhora minha, desde que vos vi,
lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.”

Essa cantiga de Afonso Fernandes

Juliana Gomes - I semestre A

Cantiga de Amor

A cantiga de amor
O cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível.
Neste tipo de cantiga, originária de Provença, no sul de França, o eu-lírico é masculino e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as palavras terminadas em or como senhor ou pastor, em galego-português não tinham feminino). Canta as qualidades de seu amor, a "minha senhor", a quem ele trata como superior revelando sua condição hierárquica. Ele canta a dor de amar e está sempre acometido da "coita", palavra frequente nas cantigas de amor que significa "sofrimento por amor". É à sua amada que se submete e "presta serviço", por isso espera benefício (referido como o bem nas trovas).
Essa relação amorosa vertical é chamada "vassalagem amorosa", pois reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores feudais. Sua estrutura é mais sofisticada.
São tipos de Cantiga de Amor: -Cantiga de Meestria: é o tipo mais difícil de cantiga de amor. Não apresenta refrão, nem estribilho, nem repetições (diz respeito à forma.) -Cantiga de Tense ou Tensão: diálogo entre cavaleiros em tom de desafio. Gira em torno da mesma mulher. -Cantiga de Pastorela: trata do amor entre pastores (pebleus) ou por uma pastora (pebléia). -Cantiga de Plang: cantiga de amor repleta de lamentos.
Exemplo de lírica galego-portuguesa (de Bernal de Bonaval):
Cantiga
"A dona que eu am'e tenho por Senhor
amostrade-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.
A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus
e porque choran sempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.
Essa que Vós fezestes melhor parecer
de quantas sei, a Deus, fazede-me-a veer,
se non dade-me-a morte.
A Deus, que me-a fizestes mais amar,
mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte."

segunda-feira, 14 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

eei Professora,

Vi a música e pude analiza-lá.
Apresenta características da cantiga de escárnio do gênero satírico, pois o eu-lírico faz uma satira a alguma pessoa, fala mal por meios de ambiguidades, trocadilhos -serpente, nen sente que me envenenou- que ela despertou a amor dele sem intenção de ama-lo. -Ajoelha e não reza- começa algo e depois não termina, um sentimento criado por ela que agora o abandona. -Senhora, e agora, me diga onde eu vou- ela o deixou sem rumo. -Talvez tenha sido pecado- por ele estar sofrendo diz que foi um pecado, um erro.

Bom, é isso professora. Nem sei se esta correto...

Laine Santos

eii prof !
escutei a musica e entendi que ela conta a história de um homem apaixonado
que fala sobre seu grande amor, seu sofrimento forte porem triste para sua amiga, e essas caracteristicas estão relacionadas com a cação de amigo.
o trovadorismo aparece por meio de trocadilhos," serpente nem sente que me envenenou", "que ela despertou o amor dele sem intenção de amalo ", "ajoelha e não reza "e "talvez tenha sido pecado".

foi o que eu entendii professora*-*


Rosane Medeiros...

terça-feira, 1 de junho de 2010

Vistes, mias donas, quando noutro dia

o meu amigo comigo falou,

foi mui queixos’ e, pero se queixou,

dei-lh’eu enton a cinta que tragia,

mais el demanda-m(or’) outra folia.

E vistes (que nunca, nunca tal visse!)

por s’ir queixar, mias donas, tan sem guisa,

fez-mi tirar a corda da camisa

e dei-lh’eu d’ela bem quanta m’el disse,

mais el demanda-mi al, que non pedisse.

Sempr’ (a)verá don Joan de Guilhade,

mentr’el quiser, amigas, das mias dõas,

ca já m’end’el muitas deu e mui bõas,

des i terrei-lhi sempre lealdade,

mais el demanda-m’ outra torpidade .

sábado, 29 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Cantiga de amor
"Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado!
ai Deus, e u é?"

Postado por;Yan e Ulisses


Cantiga de Ribeirinha

No mundo non me sei parelha
mentre me for como me vai,
ca ja moiro por vós e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia.
Mao dia me levantei
que vos entom nom vi fea!

E, mia senhor, des aquelha
me foi a mi mui mal di’ai!
E vós, filha de Dom Paai
Moniz, e bem vos semelha
d’aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d’alfaia
nunca de vós ouve nem ei
valia d’ua correa.


Início: 1189 (ou 1198?) Provável data da Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós. Supõe-se que esta seja a mais antiga das composições conservadas nos cancioneiros. Outras cantigas disputam essa primazia.


Término: 1385 Fim da dinastia de Borgonha


Glossário:

non me sei parelha: não conheço ninguém igual a mim.
mentre: enquanto.ca: pois.
branca e vermelha: a cor branca da pele, contrastando com o rosado do rosto.
retraia: pinte, retrate, descreva.
en saia: sem manto.
que: pois
dês: desde
semelha: parece
d’aver eu por vós: receber por seu intermédio.
guarvaia: manto luxuoso, provavelmente vermelho, usado pela nobreza.
alfaia: presente
valia d’un correa: objeto de pequeno valor.

Característica da cantiga

  • Língua galego-português

  • Tradição oral e coletiva

  • Poesia cantada e acompanhada por instrumentos musicais colecionada em cancioneiros

  • Autores trovadores

  • Intérpretes: jograis, segréis e menestréis.

  • Gêneros: lírico (cantigas de amigo, cantigas de amor) e satírico (cantigas de escárnio, cantigas de maldizer).


Considerada por alguns como a mais antiga galego-portuguesa, este texto desafia a interpretação dos estudiosos. Seu sentido continua bastante obscuro. Não se pode concluir nem mesmo se trata de uma cantiga de amor ou de escárnio.

Thadson Santana e Thiago Almeida

Cantingas de amor.
Martin Soarez, CV 974


Martin Soarez, CV 974



Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv'en [o] meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
en que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia!

Dona fea, se Deus me perdon,
pois avedes [a] tan gran coraçon
que vos eu loe, en esta razon
vos quero já loar toda via;
e vedes qual será a loaçon:
dona fea, velha e sandia!

Dona fea, nunca vos eu loei
en meu trobar, pero muito trobei;
mais ora já un bon cantar farei,
en que vos loarei toda via;
e direi-vos como vos loarei:
dona fea, velha e sandia!

terça-feira, 25 de maio de 2010





AS CANTIGAS DE AMOR

Canção de amor

Quer’eu em maneira de proença! fazer agora um cantar d’amor e querrei muit’i loar lmia senhor a que prez nem fremosura nom fal, nem bondade; e mais vos direi ém: tanto a fez Deus comprida de bem que mais que todas las do mundo val. Ca mia senhor quizo Deus fazer tal, quando a faz, que a fez sabedord e todo bem e de mui gram valor, e com tod’est[o] é mui comunal ali u deve; er deu-lhi bom sém, e desi nom lhi fez pouco de bem quando nom quis lh’outra foss’igual

Ca mia senhor nunca Deus pôs mal, mais pôs i prez e beldad’e loor e falar mui bem, e riir melhor que outra molher; desi é leal muit’, e por esto nom sei oj’eu quem possa compridamente no seu bem falar, ca nom á, tra-lo seu bem, al.
Adryele Rocha Meireles 1° Semestre A

Cantigas de amor do período teocentrico

A cantiga de Pero Garcia Burgalês
Ai eu coitad! E por que vi
a dona que por meu mal vi!
Ca Deus lo sabe, poila vi,
nunca já mais prazer ar vi;
ca de quantas donas eu vi,
tam bõa dona nunca vi.

Tam comprida de todo bem,
per boa fé, esto sei bem,
se Nostro Senhor me dê bem
dela! Que eu quero gram bem,
per boa fé, nom por meu bem!
Ca pero que lh’eu quero bem,
non sabe ca lhe quero bem.

Ca lho nego pola veer,
pero nona posso veer!
Mais Deus, que mi a fezo veer,
rogu’eu que mi a faça veer;
e se mi a non fazer veer.
sei bem que non posso veer
prazer nunca sem a veer.

Ca lhe quero melhor ca mim,
pero non o sabe per mim,
a que eu vi por mal de mi[m].

Nem outre já, mentr’ eu o sem
houver; mais s perder o sem,
dire[i]-o com mingua de sem;

Ca vedes que ouço dizer
que mingua de sem faz dizer
a home o que non quer dizer!
Desei’ eu ben auer de mha senhor,
mays deseiauer bê d’ela tal,
por seer meu bê, que seia seu mal,
e por aquesto, par Nostro Senhor,
en que perdesse do sseu nulla ren,
ca non é meu ben o que seu mal for,

Ante cuyd’ eu que o que seu mal é
que meu mal est, e cuydo grã razõ,
por ê deseio no meu coraçon
auer tal bê d’ela, per boa fé,
en que perca rê de seu bon prez,
lh’ ar diga nulhome que mal fez,
e outro ben Deus d’ ela mi de.

E ia muytus namorados uj
que dauan nulha rê por aver
ssas senhores mal, pois a ssy prazer
fazian, e por esto digassy:
queria que me fezesse bem
se eu mha senhor amo pelo meu
bê e cato a nulha rê do sseu,
am’ eu mha senhor, mays amo mj.

E mal mi venha, se atal fuy eu,
ca, des que eu no mûdandey por seu,
amey ssa prol muyto mays ca de mi.
Non poss’ eu, madre, ir a Santa Cecília
ca me guardades a noit’ e o dia
do meu amigo

Nom poss’ eu, madre, aver gasalhado,
ca me non leixades fazer mandado
do meu amigo.

Ca me guardades a noit’ e o dia;
morrer-vos-ei con aquesta perfia
por meu amigo.

Ca me non leixades fazer mandado,
morrer-vos ei con aqueste cuidado
por meu amigo.

Morrer-vos ei con aquesta perfia,
e, se me leixassedes ir, guarria
con meu amigo.

Morrer-vos ei con aqueste cuidado,
e, se quiserdes, irei mui de grado
con meu amigo.
Mal me tragedes, ai filha,
porque quer ‘ aver amigo
e pois eu com vosso medo
non o ei, nen é comigo,
no ajade-la mia graça
e dê-vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça.

Sabedes ca sen amigo
nunca foi molher viçosa,
e, porque mi-o non leixades
ver, mia filha fremosa,
no ajade-la mia graça
e dê-vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça.

Pois eu non ei meu amigo,
non ei ren do que desejo,
mais, pois que mi por vós v~eo
Mia filha, que o non vejo,
no ajade-la mia graça
e dê-vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça.

Por vós perdi meu amigo,
por que gran coita padesco,
e, pois que mi-o vós tolhestes
e melhor ca vós paresco
no ajade-la mia graça
e dê-vos Deus, ai mia filha,
filha que vos assi faça,
filha que vos assi faça
Vistes, mias donas, quando noutro dia
o meu amigo comigo falou,
foi mui queixos’ e, pero se queixou,
dei-lh’eu enton a cinta que tragia,
mais el demanda-m(or’) outra folia.

E vistes (que nunca, nunca tal visse!)
por s’ir queixar, mias donas, tan sem guisa,
fez-mi tirar a corda da camisa
e dei-lh’eu d’ela bem quanta m’el disse,
mais el demanda-mi al, que non pedisse.

Sempr’ (a)verá don Joan de Guilhade,
mentrel quiser, amigas, das mias dõas,
ca já m’endel muitas deu e mui bõas,
des i terrei-lhi sempre lealdade,
mais el demanda-m’ outra torpidade .
donzela coitado
d' amor por si me faz andar1
e en sas feituras falar
quero eu, come namorado:
restr’ agudo come foron,
barva no queix' e no granhon,
e o ventre grand' e inchado.

Sobrancelhas mesturadas,
grandes e mui cabeludas,
sobre-los olhos merjudas;
e as tetas pendoradas
e mui grandes, per boa fé;
á un palm’ e meio no pé
e no cós três plegadas.

A testa ten enrugada
E os olhos encovados,
dentes pintos come dados...
e acabei, de passada.
Atal a fez Nostro Senhor:
mui sen doair' e sen sabor,
des i mui pobr’ e forçada.
Cantiga de Maldizer,

"Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
E pois havedes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
En que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!"


Rosane Medeiros 1º semestre A

Cantiga de Maldizer
"Ai dona fea! Foste-vos queixar
Que vos nunca louv'en meu trobar
Mais ora quero fazer un cantar
En que vos loarei toda via;
E vedes como vos quero loar:
Dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! Se Deus mi pardon!
E pois havedes tan gran coraçon
Que vos eu loe en esta razon,
Vos quero já loar toda via;
E vedes qual será a loaçon:
Dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loei
En meu trobar, pero muito trobei;
Mais ora já en bom cantar farei
En que vos loarei toda via;
E direi-vos como vos loarei:
Dona fea, velha e sandia!"
Rosane Medeiros 1º semestre A
No mundo non me sei parelha,
Mentre me for’como me vay
Ca já moiro por vos – e ay!
Mia senhor branca e vermelha,
Queredes que vos retraya
Quando vus eu vi em saya!
Mao dia me levantei,
Que vus enton non vi fea!
E, mia senhor, des aquel di’ ay!
Me foi a mi muyn mal,
E vos,
filha de don Paay
Moniz, e bemvus semelha
D’aver eu por vos guarvaya
Pois eu, mia senhor d’alfaya
Nunca de vos ouve, nem ei
Valia d’ua correa.

Cantiga de Amor

Queixa
Caetano Veloso
Composição: N.Siqueira / E. Neves

Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza

Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água

Ondas, desejos de vingança
Nessa desnatureza
Batem forte sem esperança
Contra a tua dureza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria

Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Amiga, me diga...

Queridos, está é uma música recente, de Caetano Veloso, que contém uma estrutura de cantiga de amor do período teocêntrico. Leia a música, se quiser pode ver e ouvir no link letras.terra.com.br › C › Caetano Veloso - , e depois analisem, quais as características do Trovadorismo vcs acharam nela (pelo menos umas 4). bjs e boa semana
Marta

segunda-feira, 24 de maio de 2010

As cantigas de amor
canção de amor


Quero à moda provençal
fazer agora um cantar de amor,
e quererei muito aí louvar minha senhora
a quem honra nem formosura não faltam
nem bondade; e mais vos direi sobre ela:
Deus a fez tão cheia de qualidades
que ela mais que todas do mundo.

Pois Deus quis fazer minha senhora de tal modo
quando a fez, que a fez conhecedorad
e todo bem e de muito grande valor,
e além de tudo isto é muito sociável
quando deve; também deu-lhe bom senso,
e desde então lhe fez pouco bem
impedindo que nenhuma outra fosse igual a ela

Porque em minha senhora nunca Deus pôs mal,
mas pôs nela honra e beleza e mérito
e capacidade de falar bem, e de rir melhor
que outra mulher também é muito leal
e por isto não sei hoje quem
possa cabalmente falar no seu próprio bem
pois não há outro bem, para além do seu.


quinta-feira, 20 de maio de 2010

livros para baixar de graça

queridos, sei que muitos não tem vontade de ler, mas ai vai para quem quiser links de livros... aproveitem.

1. A Divina Comédia -Dante Alighieri
2. A Comédia dos Erros -William Shakespeare
3. Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
4. Dom Casmurro -Machado de Assis
5. Cancioneiro -Fernando Pessoa
6. Romeu e Julieta -William Shakespeare
7. A Cartomante -Machado de Assis
8. Mensagem -Fernando Pessoa
9. A Carteira -Machado de Assis
10. A Megera Domada -William Shakespeare
11. A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
12. Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
13. O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
14. Dom Casmurro -Machado de Assis
15. Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
16. Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
17. Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
18. A Carta -Pero Vaz de Caminha
19. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
20. Macbeth -William Shakespeare
21. Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
22. A Tempestade -William Shakespeare
23. O pastor amoroso -Fernando Pessoa
24. A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
25. Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare
29. A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
30. Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
31. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
32. A Mão e a Luva -Machado de Assis
33. Arte Poética -Aristóteles
34. Conto de Inverno -William Shakespeare
35. Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
36. Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
38. A Metamorfose -Franz Kafka
39. A Cartomante -Machado de Assis
40. Rei Lear -William Shakespeare
41. A Causa Secreta -Machado de Assis
42. Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
43. Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
44. Júlio César -William Shakespeare
45. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
46. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
47. Cancioneiro -Fernando Pessoa
48. Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
49. A Ela -Machado de Assis
50. O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
51. Dom Casmurro -Machado de Assis
52. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
53. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
54. Adão e Eva -Machado de Assis
55. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
56. A Chinela Turca -Machado de Assis
57. As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
58. Poemas Selecionados -Florbela Espanca
59. As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
60. Iracema -José de Alencar
61. A Mão e a Luva -Machado de Assis
62. Ricardo III -William Shakespeare
63. O Alienista -Machado de Assis
64. Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa
65. A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
66. A Carteira -Machado de Assis
67. Primeiro Fausto -Fernando Pessoa
68. Senhora -José de Alencar
69. A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
70. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
71. A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca
72. Sonetos -Luís Vaz de Camões
73. Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
75. Iracema -José de Alencar
76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
77. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
78. O Guarani -José de Alencar
79. A Mulher de Preto -Machado de Assis
80. A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
81. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
82. A Pianista -Machado de Assis
83. Poemas em Inglês -Fernando Pessoa
84. A Igreja do Diabo -Machado de Assis
85. A Herança -Machado de Assis
86. A chave -Machado de Assis
87. Eu -Augusto dos Anjos
88. As Primaveras -Casimiro de Abreu
89. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
90. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
91. Quincas Borba -Machado de Assis
92. A Segunda Vida -Machado de Assis
93. Os Sertões -Euclides da Cunha
94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
95. O Alienista -Machado de Assis
96. Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
97. Medida Por Medida -William Shakespeare
98. Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare
99. A Alma do Lázaro -José de Alencar
100. A Vida Eterna -Machado de Assis
101. A Causa Secreta -Machado de Assis
102. 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia
103. Divina Comedia -Dante Alighieri
104. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
105. Coriolano -William Shakespeare
106. Astúcias de Marido -Machado de Assis
107. Senhora -José de Alencar
108. Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
109. Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
110. Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
111. A 'Não-me-toques' ! -Artur Azevedo
112. Os Maias -José Maria Eça de Queirós
113. Obras Seletas -Rui Barbosa
114. A Mão e a Luva -Machado de Assis
115. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
116. Aurora sem Dia -Machado de Assis
117. Édipo-Rei -Sófocles
118. O Abolicionismo -Joaquim Nabuco
119. Pai Contra Mãe -Machado de Assis
120. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
121. Tito Andrônico -William Shakespeare
122. Adão e Eva -Machado de Assis
123. Os Sertões -Euclides da Cunha
124. Esaú e Jacó -Machado de Assis
125. Don Quixote -Miguel de Cervantes
126. Camões -Joaquim Nabuco
127. Antes que Cases -Machado de Assis
128. A melhor das noivas -Machado de Assis
129. Livro de Mágoas -Florbela Espanca
130. O Cortiço -Aluísio de Azevedo
131. A Relíquia -José Maria Eça de Queirós
132. Helena -Machado de Assis
133. Contos -José Maria Eça de Queirós
134. A Sereníssima República -Machado de Assis
135. Iliada -Homero
136. Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
137. A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
138. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
139. Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage
140. Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
141. Anedota Pecuniária -Machado de Assis
142. A Carne -Júlio Ribeiro
143. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
144. Don Quijote -Miguel de Cervantes
145. A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
146. A Semana -Machado de Assis
147. A viúva Sobral -Machado de Assis
148. A Princesa de Babilônia -Voltaire
149. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
150. Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional
151. Papéis Avulsos -Machado de Assis
152. Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos
153. Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós
154. O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
155. Anedota do Cabriolet -Machado de Assis
156. Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias
157. A Desejada das Gentes -Machado de Assis
158. A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
159. Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
160. Almas Agradecidas -Machado de Assis
161. Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós
162. Contos Fluminenses -Machado de Assis
163. Odisséia -Homero
164. Quincas Borba -Machado de Assis
165. A Mulher de Preto -Machado de Assis
166. Balas de Estalo -Machado de Assis
167. A Senhora do Galvão -Machado de Assis
168. O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
169. A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
170. Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
171. CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca
172. Cinco Minutos -José de Alencar
173. Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
174. Lucíola -José de Alencar
175. A Parasita Azul -Machado de Assis
176. A Viuvinha -José de Alencar
177. Utopia -Thomas Morus
178. Missa do Galo -Machado de Assis
179. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
180. História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
181. Hamlet -William Shakespeare
182. A Ama-Seca -Artur Azevedo
183. O Espelho -Machado de Assis
184. Helena -Machado de Assis
185. As Academias de Sião -Machado de Assis
186. A Carne -Júlio Ribeiro
187. A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
188. Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar
189.. Antes da Missa -Machado de Assis
190. A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
191. A Carta -Pero Vaz de Caminha
192. LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca
193. A mulher Pálida -Machado de Assis
194. Americanas -Machado de Assis
195. Cândido -Voltaire
196. Viagens de Gulliver -Jonathan Swift
197. El Arte de la Guerra -Sun Tzu
198. Conto de Escola -Machado de Assis
199. Redondilhas -Luís Vaz de Camões
200. Iluminuras -Arthur Rimbaud
201. Schopenhauer -Thomas Mann
202. Carolina -Casimiro de Abreu
203. A esfinge sem segredo -Oscar Wilde
204.. Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha
205. Memorial de Aires -Machado de Assis
206. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
207. A última receita -Machado de Assis
208. 7 Canções -Salomão Rovedo
209. Antologia -Antero de Quental
210. O Alienista -Machado de Assis
211. Outras Poesias -Augusto dos Anjos
212. Alma Inquieta -Olavo Bilac
213. A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães
214. A Semana -Machado de Assis
215. Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto
216. A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo
217. Esaú e Jacó -Machado de Assis
218. Canções e Elegias -Luís Vaz de Camões
219. História da Literatura Brasileira -José Veríssimo Dias de Matos
220. A mágoa do Infeliz Cosme -Machado de Assis
221. Seleção de Obras Poéticas -Gregório de Matos
222. Contos de Lima Barreto -Afonso Henriques de Lima Barreto
223. Farsa de Inês Pereira -Gil Vicente
224. A Condessa Vésper -Aluísio de Azevedo
225. Confissões de uma Viúva -Machado de Assis
226. As Bodas de Luís Duarte -Machado de Assis
227. O LIVRO D'ELE -Florbela Espanca
228. O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
229. A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
230. Lira dos Vinte Anos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
231. A Orgia dos Duendes -Bernardo Guimarães
232. Kamasutra -Mallanâga Vâtsyâyana
233. Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
234. A Bela Madame Vargas -João do Rio
235. Uma Estação no Inferno -Arthur Rimbaud
236. Cinco Mulheres -Machado de Assis
237. A Confissão de Lúcio -Mário de Sá-Carneiro
238. O Cortiço -Aluísio Azevedo
239. RELIQUIAE -Florbela Espanca
240. Minha formação -Joaquim Nabuco
241. A Conselho do Marido -Artur Azevedo
242. Auto da Alma -Gil Vicente
243. 345 -Artur Azevedo
244. O Dicionário -Machado de Assis
245. Contos Gauchescos -João Simões Lopes Neto
246. A idéia do Ezequiel Maia -Machado de Assis
247. AMOR COM AMOR SE PAGA -França Júnior
248. Cinco minutos -José de Alencar
249. Lucíola -José de Alencar
250. Aos Vinte Anos -Aluísio de Azevedo
251. A Poesia Interminável -João da Cruz e Sousa
252. A Alegria da Revolução -Ken Knab
253. O Ateneu -Raul Pompéia
254. O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos -Afonso Henriques de Lima Barreto
255. Ayres e Vergueiro -Machado de Assis
256. A Campanha Abolicionista -José Carlos do Patrocínio
257. Noite de Almirante -Machado de Assis
258. O Sertanejo -José de Alencar
259. A Conquista -Coelho Neto
260. Casa Velha -Machado de Assis
261. O Enfermeiro -Machado de Assis
262. O Livro de Cesário Verde -José Joaquim Cesário Verde
263. Casa de Pensão -Aluísio de Azevedo
264. A Luneta Mágica -Joaquim Manuel de Macedo
265. Poemas -Safo
266. A Viuvinha -José de Alencar
267. Coisas que Só Eu Sei -Camilo Castelo Branco
268. Contos para Velhos -Olavo Bilac
269. Ulysses -James Joyce
270. 13 Oktobro 1582 -Luiz Ferreira Portella Filho
271. Cícero -Plutarco
272. Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
273. Confissões de uma Viúva Moça -Machado de Assis

quarta-feira, 19 de maio de 2010

cantigas de amor do período Teocêntrico

A cantiga de Pero Garcia Burgalês 
Ai eu coitad! E por que vi
a dona que por meu mal vi!
Ca Deus lo sabe, poila vi,
nunca já mais prazer ar vi;
ca de quantas donas eu vi,
tam bõa dona nunca vi.

Tam comprida de todo bem,
per boa fé, esto sei bem,
se Nostro Senhor me dê bem
dela! Que eu quero gram bem,
per boa fé, nom por meu bem!
Ca pero que lh’eu quero bem,
non sabe ca lhe quero bem.

Ca lho nego pola veer,
pero nona posso veer!
Mais Deus, que mi a fezo veer,
rogu’eu que mi a faça veer;
e se mi a non fazer veer.
sei bem que non posso veer
prazer nunca sem a veer.

Ca lhe quero melhor ca mim,
pero non o sabe per mim,
a que eu vi por mal de mi[m].

Nem outre já, mentr’ eu o sem
houver; mais s perder o sem,
dire[i]-o com mingua de sem;

Ca vedes que ouço dizer
que mingua de sem faz dizer
a home o que non quer dizer!